Uma exposição ao ar livre dedicada à memória do naturalista alemão Fritz Müller foi aberta ao público na última terça-feira, dia 20 de abril, na Alameda Rio Branco esquina com a Rua Sebastião Cruz, no Centro. O trabalho é resultado de pesquisa do artista plástico Luiz Bernardes e contou com o apoio e patrocínio da Castelo Engenharia. A abertura da Galeria de Céu Aberto (Alameda Rio Branco, 476) dá início às comemorações dos 200 Anos de Fritz Müller. O público poderá visitar a exposição pelo próximo ano, que é o período de duração previsto.
As obras em exposição contam a trajetória do pesquisador, professor, cidadão do mundo e do interior da colônia. O trabalho envolveu quase um ano de pesquisa. Após o encerramento, o material deve ser doado para a prefeitura de Blumenau.
Quem passar pelo local irá se encantar com o painel, ilustrações de outros artistas, obras de arte, iluminação e sonorização. Todo esse complexo estrutural integra o projeto que levará as pessoas a ingressarem literalmente em uma viagem pela vida de Fritz Müller.
A Galeria de Arte foi construída no tapume da obra em frente ao novo empreendimento da construtora. O prefeito Mário Hilldebrandt e a vice-prefeita Maria Regina, acompanhados dos secretários da Cultura, Rodrigo Ramos, do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Jefferson Voigtlaender, e da Educação Patrícia Lueders, visitaram a exposição. “O Luiz conseguiu fazer um recorte muito importante e esse material entra também para a programação dos 200 anos de nascimento do pesquisador Müller, que será celebrado durante todo o ano que vem”, disse Rodrigo Ramos.
História do cientista
A exposição apresenta de forma impressa a história do cientista. Conta desde sua formação na Alemanha, sua vinda para Santa Catarina e as contribuições para a ciência mundial, com detalhes da fauna e flora da região. É uma verdadeira galeria de arte, cultura e educação a céu aberto, que poderá ser vista ao vivo e a cores, inclusive podendo ser usada como material didático, de pesquisa e estudo.
Fritz Müller, o “Príncipe dos Observadores”, assim, batizado por Charles Darwin, comemora 200 anos em 2022. Nascido na Alemanha, chegou ao Brasil em 1852, com 30 anos, já doutor em filosofia e concluso do curso de Medicina. Em 1861, teve acesso ao livro de Charles Darwin “A origem das espécies” e decidiu aplicar a teoria aos estudos sobre crustáceos. Em 1867, voltando ao Vale do Itajaí, viveu em Blumenau na dupla condição de colono e cientista e se dedicou a estudos sobre o Rio Itajaí-Açu, sua vegetação e, em especial, às orquídeas e bromélias, suas grandes paixões.